Na primeira pessoa…
Uma das grandes lições que aprendi nos meus quase 40 anos de carreira laboral foi: “quando não sei fazer, peço ajuda a um profissional”. Esta lição, que por vezes tanto me custou, aplica–se a todas as áreas de atividade, mesmo àquelas que por vezes chamamos de hobbies, como a jardinagem.
Quando decidi vir morar para o Vale de S. Gião, procurei um terreno onde pudesse fazer um jardim. Este sonho que me acompanhava desde sempre, talvez como recordação da casa dos meus avós na Ribeira de Santarém, quando o realizei transformou-se, algum tempo depois, num pesadelo. Aliás, fazendo jus à primeira lei de Murphy “se alguma coisa poder correr mal, então irá correr mal”, tudo me ia mal no início. Escolhi as árvores no verão, quando todas as plantas estão no seu máximo esplendor, procurei a relva mais bonita, instalei um sistema de rega todo sofisticado e um sem número de outras coisas mais que não quero nem recordar.
O resultado final foi desastroso. No inverno, como as árvores eram de folha caduca, fiquei sem a privacidade que pretendia, a relva não suportou o primeiro inverno e o sistema de rega era um desastre. Para juntar a tudo isto, contratei jardineiros de fim-de-semana, que para além de apanharem o lixo, o pouco que mais faziam, apresentando resultados desastrosos.
Para cúmulo, ao meu lado, havia um jardim que me enchia de inveja pelo seu aspeto bem cuidado e harmonioso. Um dia enchi-me de coragem e pedi-lhe o contacto do jardineiro para saber se poderia tomar conta do meu jardim, também. Quando me disse que era uma empresa lembrei-me da máxima que referi no princípio deste texto “pedir ajuda a profissionais”.
Já lá vão 8 anos. Hoje, para além de não ter os problemas atrás referidos (teve de ser todo reconstruído), desfruto o meu jardim, sobretudo, como o tempo não é muito para me dedicar à jardinagem, posso na mesma ter um hobby perfeito e calmante.
Victor Galamba
Consultor de Negócios
Vale de São Gião